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Então pessoal, vamos às artes! E o assunto de hoje é o Teatro. Mas claro que eu, "mazeleiro" como sou, não deixarei de reclamar de algo. O importante é podermos variar um pouco.
A foto à esquerda é de Paulo Gustavo, que está em cartaz com um espetáculo este mês entitulado Minha Mãe é Uma Peça, com texto e interpretação do próprio ator, retratando uma Dona de casa totalmente frustrada com sua vida e afazeres domésticos os quais fazem o público facilmente se identificar com a personagem. As situações vividas pela senhora de meia idade, sozinha e rabugenta são cômicas e certamente irão agradar a todos. Ou não. A peça está em cartaz apenas no Rio de Janeiro. Então agradará a quem estiver por lá, obviamente. Aliás, nem todos que moram no Rio podem ir a um lugar como este, pois o ingresso mais barato - pasmem - é de R$50,00. E isso certamente não agrada a ninguém. Ir a um teatro deixou de ser apenas prazeroso há muito tempo. Nem nos grandes centros, onde há teatros com belas estruturas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba ou Porto Alegre, estiveram tão pouco frequentados como nos últimos tempos. Claro que nem é preciso citar nossa Ilha da Magia que possui apenas dois lugares que ofereçam espetáculos periodicamente. O problema não está apenas na estrutura oferecida ou no preço a ser pago, pois teatro pode ser feito nas ruas, nas praias, em qualquer lugar. A questão é o dificil acesso cultural da população. Além de ser pouquíssimo divulgado pela mídia, que adora exaltar filmes Hollywoodianos e próximas novelas, ter poucas escolas de artes cênicas patrocinadas pelo governo e por empresas privadas para desenvolver atores competentes e estimulados, e faltar remuneração dígna a esses, que acabam fazendo esta arte apenas por amor(o quê não deixa de ser um ponto bom), é completamente secundário na nossa sociedade.
O teatro é uma grande forma de arte. Nele toda a sensibilidade é expressada, a raiva é liberada, a alegria mostrada, as barreiras ultrapassadas. E o mais importante: de uma forma completamente HUMANA.
Privar a população, e principalmente o jovem, dele, é totalmente injusto. Lições de ética e honestidade, eventos que mantém viva nossa cultura e questões sociais são tópicos utilizadíssimos em espetáculos. Com tantos assuntos importantes para todas as pessoas de idades, camadas sociais e etnias diferentes, o Teatro merece ser muito mais respeitado e, principalmente, mais utilizado por todos.
Enfim, se você já não possuir uma em casa, tiver dinheiro, disponibilidade e morar na capital carioca, vá lá e confira a dona de casa frustrada. Vale a pena.
Eu lutarei (de que forma a não ser escrevendo?) para que ela possa ser apreciada de uma forma muito mais democrática.
Até lá, infelizmente, a dona de casa já terá ido trabalhar fora há muito tempo.
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